sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

CLÁSSICOS DO CORDEL: HISTÓRIA DA DONZELA TEODORA (PARTE I)

História da donzela Teodora

(Leandro Gomes de Barros)

Eis a real descrição
Da história da donzela
Dos sábios que ela venceu
E a aposta ganha por ela
Tirado tudo direito
Da história grande dela.

Houve no reino de Túnis
Um grande negociante
Era natural da Hungria
E negociava ambulante
A quem podia chamar-se
Uma alma pura e constante.

Andando um dia na praça
Numa porta pôde ver
Uma donzela cristã
Para ali se vender
O mercador vendo aquilo
Não pôde mais se conter.

Tinha feição de fidalga
Era uma espanhola bela
Ele perguntou ao mouro
Quanto queria por ela
Entraram então em negócio
Negociaram a donzela.

O húngaro conheceu nela
Formato de fidalguia
Mandou educá-la bem
Na melhor casa que havia
Em pouco tempo ela soube
O que ninguém mais sabia.

Mandou ensinar primeiro
Música e filosofia
Ela sem mestre aprendeu
Física e astrologia
Descrever com distinção
História e anatomia.

Ela que já era um ente
Nascida por excelência
Como quem tivesse vindo
Das entranhas da ciência
Tinha por pai o saber
E por mãe a inteligência.

Em pouco tempo ela tinha
Tão grande adiantamento
Que só Salomão teria
Um igual conhecimento
Cantava música e tocava
A qualquer um instrumento.

Estudou e conhecia
As sete artes liberais
Conhecia a natureza
De todos os vegetais
Descrevia muito bem
A castra dos animais.

Descrevia os doze signos
De que é composto o ano
Da cabeça até os pés
Conhecia o corpo humano
E dava definição
De tudo do oceano.

Admirou todo mundo
O saber desta donzela
Tudo que era ciência
Podia se encontrar nela
O professor que ensinou-a
Depois aprendeu com ela.

Mas como tudo no mundo
É mutável e inconstante
Esse rico mercador
Negociava ambulante
E toda sua fortuna
Perdeu no mar num instante.

Atrás do bem vem o mal
Atrás da honra a torpeza
Quando ele saiu de casa
Levava grande riqueza
Voltou trazendo somente
Uma extremosa pobreza.

Só via em torno de si
O vil manto da mazela
Em casa só lhe restava
A mulher e a donzela
Então chamou Teodora
E pediu o parecer dela.

Disse ele: - Minha filha
Bem vês minha natureza
E sabes que o oceano
Sepultou minha riqueza
Espero que teus conselhos
Me tirem desta pobreza.

Ela quando ouviu aquilo
Sentiu no peito uma dor
E lhe disse: - Tenha fé
Em Deus nosso salvador
Vou estudar um remédio
Que salvará o senhor.

E disse: - Meu senhor, saia
Procure um amigo seu
É bom ir logo na casa
Do mouro que me vendeu
Chegue lá, converse com ele
E conte o que lhe sucedeu.

- O que ele oferecer-lhe
De muito bom grado aceite
E veja se ele lhe vende
Vestidos que me endireite
Compre a ele todas as joias
Que uma donzela se enfeite.

- Se o mouro vender-lhe tudo
Com que possa me compor
Vossa mercê vá daqui
Vender-me ao rei Almançor
É esse o único meio
Que salvará o senhor.

- El rei lhe perguntará
Por quanto vai me vender
Por dez mil dobras de ouro
Meu senhor há de dizer
Quando ele admirar-se
Veja o que vai responder.

- Dizendo: - “Alto senhor
Não fiqueis admirado
Eu vendo-a com precisão
Não peço preço alterado
Dobrada esta quantia
Tenho com ela gastado.

- É esse o único meio
Para a sua salvação
Se o mouro vender-lhe tudo
Descanse seu coração
Daqui para o fim da vida
Não terá mais precisava.

O mercador seguiu tudo
Quando a donzela ditava
Chegou ao mouro e contou
O desespero em que estava
Então o mouro vendeu-lhe
Tudo quanto precisava.

Roupa, objetos e joias
Para enfeitar a donzela
As roupas vinham que só
Sendo cortadas pra ela
Ela quando vestiu tudo
Parecia ficar mais bela.

O mercador aprontou-se
E seguiu com brevidade
Falou ao guarda da corte
Com muita amabilidade
Para deixá-lo falar
Com a real majestade.

Então subiu um vassalo
Deu parte ao rei Almançor
O rei chegou à escada
Perguntou ao mercador:
- Amigo, qual o negócio
Que tem comigo o senhor?

Então disse o mercador
Sem grande humildade:
- Senhor, venho a Vossa Alteza
Com grande necessidade
Ver se vendo esta donzela
A vossa real majestade.

O rei olhou a donzela
E disse dentro de si:
- Foi a mulher mais formosa
Que neste mundo já vi
Trinta ou quarenta segundos
A presenciou ali.

Perguntou ao mercador:
- Por quanto vende a donzela?
- Por dez mil dobras de ouro
É quanto peço por ela
E não estou pedindo caro
Visto a habilidade dela.

Disse o rei ao mercador:
- Senhor, estou surpreendido
Dez mil dobras de bom ouro
É preço desconhecido
Ou tu não queres vendê-la
Ou estás fora do sentido.

Disse o mercador: - El rei
Não é caro esta donzela
Dobrada a esta quantia
Gastei para educar ela
Excede a todos os sábios
A sabedoria dela.

O rei mandou logo chamar
Um grande sábio que havia
O instrutor da cidade
Em física e astronomia
Em matemática e retórica
História e filosofia.

Esse veio e perguntou-lhe
- Donzela, estás preparada
Para responder-me tudo
Sem titubear em nada?
Se não estiver seja franca
Se não sai envergonhada.

Então ela respondeu-lhe:
- Mestre, pode perguntar
Eu lhe responderei tudo
Sem cousa alguma faltar
Farei debaixo da lei
Tudo que o senhor mandar.

O sábio ali preparou-se
Para entrar em discussão
Ela com muita vergonha
Ela não teve alteração
Pediu licença a El rei
E ficou de prontidão.

- Diz-me, donzela, o que Deus
Sob o céu primeiro fez?
Respondeu: - O sol e a lua
E a lua por sua vez
É por uma obrigação
Cheia e nova todo mês.

- Além do sol e da lua
Doze signos foram feitos
Formando a constelação
Sendo ao sol todos sujeitos
Desiguais na natureza
Com diversos preconceitos.

- Como se chamam esses signos?
Perguntou o emissário
A donzela respondeu:
- Capricórnio e Aquário
Touro, Câncer, Libra, Virgo
Pisces, Escórpio e Sagitário.

- Existem outros três signos
Áries, Léo e Geminis
No signo Léo quem nascer
Será um homem feliz
Inclinado a viajar
Por fora de seu país.

O sábio disse: - Donzela
É necessário dizer
Que condições tem o homem
Que em cada signo nascer
Por influência o signo
De que forma pode ser.

Disse ela: - O signo Aquário
Reina o mês de janeiro
O homem que nascer nele
Tem o crescimento vasqueiro
Será amante das mulheres
Venturoso e lisonjeiro.

- Pisces reina em fevereiro
Quem nesse signo nascer
É muito gentil de corpo
Muito guloso em comer
Risonho, gosta de viagem
Não faz o que prometer.

- Em março governa Áries
Neste signo nascerão
Homens nem ricos nem pobres
Por nada se zangarão
Neles se notam um defeito
Falando sós andarão.

- Em abril governa Tauro
Um signo bem conhecido
O homem que nascer nele
Será muito presumido
Altivo de coração
Será rico e atrevido.

- Geminis governa em maio
Sua qualidade é quente
O homem que nascer nele
Será franco e diligente
Para os palácios e cortes
Se inclina constantemente.

- Em junho governa Câncer
Sua qualidade é fria
O homem que nascer nele
É forte e tem energia
É gentil e tem muita força
E sempre tem alegria.

- Em julho governa Léo
Por um leão figurado
O homem que nascer nele
É lutador e honrado
Altivo de coração
Inteligente e letrado.

- Em agosto reina Virgo
Tem da terra a natureza
O homem que nascer nele
Tem princípios, tem riqueza
Depois se descuidará
Por isso cai em pobreza.

- Em setembro reina Libra
A Vênus assinalado
O homem que nascer nele
Será um pouco inclinado
A viajar pelo mar
É lutador e honrado.

- O que nascer em outubro
Será homem falador
Inclinado aos maus costumes
Teimoso e namorador
Pouco lícito nos negócios
Falso grave e enganador.

- Então o mês de novembro
Sagitário é o reinante
O homem que nascer nele
Será cínico e inconstante
Desobediente aos pais
Intratável, assim por diante.

- Em dezembro é Capricórnio
Tem a natureza de terra
O homem que nascer nele
Será inclinado à guerra
Gosta de falar sozinho
E por qualquer coisa emperra.

O sábio ali levantou-se
Disse ao rei: - Esta donzela
Não há sábio aqui no mundo
Que tenha a ciência dela
E confesso a Vossa Alteza
Que estou vencido por ela.

O rei ali ordenou
Viesse o sábio segundo
Foi um matemático e clínico
Um gênio grande e fecundo
E conhecido por um
Dos sábios maior do mundo.

Chegou o segundo sábio
Que inda estava orelhudo
E disse à donzela: - Eu tenho
Dezoito anos de estudo
Não sou o que tu venceste
Conheço um pouco de tudo.

A donzela respondeu:
- Com licença de El rei
Tudo que me perguntares
Aqui te responderei
Com brevidade e acerto
Tudo te explicarei.

Perguntou o sábio a ela:
- Em nosso corpo domina
Qualquer um dos doze signos
Que a donzela descrimina?
Terá alguma influência
Os signos com a medicina?

Então a donzela disse:
- Descrito, mestre direi
Sabe que os signos são doze
Como eu já expliquei
Compactam com a química
Quer saber? Explicarei.

- Áries domina a cabeça
Uma parte melindrosa
Para quem nascer em março
A sangria é perigosa
A pessoa que sangrar-se
Deve ficar receosa.

- Libra domina as espáduas
Câncer domina os peitos
Para os que são deste signo
Purgantes têm maus efeitos
E as sangrias também
Não serão de bons proveitos.

- Tauro domina o pescoço
Léo domina o coração
Capricórnio influi nos olhos
Escórpio a organização
Geminis domina os braços
e influi na musculação. 

- Virgo domina o ventre
E Aquário nas canelas
Para os que são desses signos
Purga e sangria são belas
Então Sagitário e Pisces
Ambos têm igual tabelas.

O sábio dentro de si
Disse meio admirado:
- Onde esta discutir
Ninguém pode ser letrado
Esta só vindo a propósito
De planeta adiantado!

O sábio disse: - Donzela
Eu quero se tu puderes
Isto é, sei que tu podes
Não dirás se não quiseres
O peso, idade e conduta
Que têm todas as mulheres.

Disse a donzela: - A mulher
É sempre a arca do bem
Porém só quem a criou
Sabe o peso que ela tem
Isso é uma coisa ignota
Disso não sabe ninguém.

- Que me dizes das donzelas
De vinte anos de idade?
Respondeu: - Sendo formosa
Parece uma divindade
Principalmente ao homem
Que lhe tiver amizade.

- As de trinta e quarenta
Que dizes tu que elas são?
Disse ela: - Uma dessas
É de consideração
- Das de 50 o que dizer?
- Só prestam para oração.

- Que dizes das de 70?
- Deviam estar num castelo
Rezando por quem morreu
Lamentando o tempo belo
- Que dizes das de 80?
- Só prestam para o cutelo.

- Então classificas as velhas
Tudo de mal a pior?
E nos defeitos de tantas
Não se encontra um menor?
Disse ela: - Deus me livre
De ser vizinha da melhor.

- Donzela, lhe disse o sábio
Sei que tu és caprichosa
Entre todas as pessoas
És a mais estudiosa
Diga que sinais precisam
Para a mulher ser formosa?

Então a donzela disse:
- Para a mulher ser formosa
Terá dezoito sinais
Não tendo é defeituosa
A obra por seu defeito
Deixa de ser melindrosa.

- Há de ter três partes negras
De cores bem reluzentes
Sobrancelhas, olhos, cabelos
De cores negras, ardentes
Branco o lacrimal dos olhos
Ter branca a face e os dentes.

- Será comprida em três partes
A que tiver formosura
Compridos os dedos das mãos
O pescoço e a cintura
Rosadas cútis e gengivas
Lábios cor de rosa pura.

- Terá três partes pequenas
O nariz, a boca e o pé
Largas as cadeiras e os ombros
Ninguém dirá que não é
Cujos sinais teve-os todos
Uma virgem em Nazaré.

O sábio quando ouviu isto
Ficou tão surpreendido
E disse: - El rei Almançor
Confesso que estou vencido
E quem argumentar com ela
Se considera vencido.


Gostou dessa primeira parte do cordel?
A Donzela ainda enfrentará um duelo de perguntas de um terceiro sábio.
Como será que ela irá se sair?


Em breve postaremos a segunda parte do cordel.




A história da donzela Teodora é um cordel composto por 142 estrofes e 852 versos, divididos em sextilhas com rimas ABCBDB. É uma versão brasileira de uma narrativa comum em outras culturas, como a árabe, que conta a história de uma jovem escrava que consegue, através de sua sabedoria, vencer na vida, ao desvendar enigmas lançados por homens de grande inteligência. Um folheto de história semelhante chegou ao Brasil provavelmente no século XVIII, sendo transformado no cordel que circula hoje. 


Leia também aqui neste blog outros clássicos de Leandro Gomes de Barros: Leandro Gomes de Barros: breve biografia, O dinheiro ou o testamento do cachorro e O cavalo que defecava dinheiro.



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

PALAVRAS QUE HOJE EM DIA QUASE NÃO SE USAM MAIS

Palavras que hoje em dia quase não se usam mais
(Janduhi Dantas)
 
Que as musas do Cordel
tragam luz à minha mente
pra eu falar de algumas
palavras que no presente
velhinhas, cansadas, saem
da boca só raramente.
 
No meu tempo de menino
em Patos, no meu sertão
quando em andava descalço
jogando bola e pião
as palavras eram outras
na nossa conversação.
 
Tempo em que o país tinha
presidente general
candeeiro havia muito
pois blecaute era normal
minha mãe usava anágua
meu pai tinha uma rural.
 
Tempo em que nas brincadeiras
infantis pelo terreiro
gritava forte: “Sou prima!”
quem ia ser o primeiro
o segundo era o siga
e o derra o derradeiro.
 
Palavras daquele tempo
pra hoje achar se garimpa:
suco de hoje era ponche
maravilhoso: supimpa!
confusão era banzé
gente boa: barra limpa!
 
Pra gente naquele tempo
naquela época remota
lentidão era remancho
turma de amigos: patota
desperdiçar: estruir
vida mansa: maciota.
 
Se dava o nome chué
para coisas sem valor
alguém roendo, na fossa
estava a sofrer de amor
tamanho, altura era tope
xeleleu: bajulador.
 
Avarento: morta-fome
mulher feia era canhão
mulher bonita era uva
e homem bonito: pão
ganhando com grande folga
se ganhava de cambão.
 
Cair em golpe era o mesmo
que cair em arapuca
quando o caba era aluado
era então lelé da cuca
o elegante era lorde
irrisório, mixuruca.
 
Sem graça, fraco era xôxo
pra nós, tapa era bufete
perceber era dar fé
comprimido era cachete
fazer demora: embromar
infeliz era infitete.
 
Ficar de alguém à espreita
se dizia pastorar
encontrar-se com alguém
por acaso era topar:
“Eu hoje topei com João
lá na casa de Oscar”.
 
Não sendo a mulher mais virgem
se dizia “Foi bulida!”
se dizia atravessada
para a pessoa atrevida
do mesmo modo se tinha
pau-de-lata pra metida.
 
Com giz riscada a calça
pra brincar da onça, o jogo
ninguém conhecia ímã
a gente chamava azogo
falava à visita rápida:
“Você veio buscar fogo?”
 
Malino: menino inquieto
o dinheiro era tutu
muitas notas de dinheiro:
“Olha só o putufu!”
o amante: concubina
cabra besta: papangu.
 
Dizer-se “Vigie pra mim”:
mesmo que “Dá uma olhada”
a coisa estando no fim:
numa “peinha de nada
ante uma grande surpresa:
Meu Deus! “Pela Madrugada!”
 
Estando alguém furioso
estava tão tiririca
adesivo era decalque
muito boato: futrica
fotografia: retrato
e carro velho: fubica.
 
Sacudir o esqueleto
era o mesmo que dançar
mafuá era bagunça
fazer sucesso, abafar:
“Zezinho tá abafando
com as moças do lugar”.
 
Sutiã era corpete
colega era pariceiro
lamentação: chorumela
matuto era beradeiro
avantajado: balofo
e mal pagador xeixeiro.
 
Alguém em dificuldade
se dizia: “Tá pebado!”
“Nem à força!”: “Nem a pulso!”
misturado era braiado
gente chata era cricri
e vermelho era encarnado.
 
Falar com um intrigado
era pedir penico
boato, intriga, conversa
disso o nome: mexerico
peteleco na orelha
se dizia bizurico.
 
Raio X: abreugrafia
cinto era corrião
quem chegava de repente
chegava de supetão
o mesmo que “Vá pra merda!”
era “Vá lamber sabão!
 
Pra valer era na vera
carona era bigu
carro quebrado: no prego
ótimo era “Do peru!
bronca grande era carão
dar dicas: passar bizu.
 
Tomar o tempo de alguém
era o mesmo que empalhar
motorista ruim: barbeiro
enfrentar era peitar
taxista: chofer de praça
não dar certo era gorar.
 
Conversar bobagem era
falar miolo de pote
prum bando de desordeiros
se dava o nome magote
quando o caba se zangava
se dizia: “Deu pinote!.
Se estava na pindaíba
tava o caba no sufoco
proibir era empatar
estouro grande: papoco
armário era pitisqueiro
e algo no fim: cotoco.
 
Mocinha bonita: broto
marchante era açougueiro
camarinha era o quarto
preguiçoso era ronceiro
caneco: copo de flandre
bufunfa: muito dinheiro
 
Quem não comprava cigarro
vivia a pedir piola
nos cabarés da cidade
de ficha era a radiola
o cabra muito exibido
convencido era gabola.
 
“Fale logo!”: “Desembuche!”
mulher magra: lambisgoia
borocoxô: deprimido
coisa muito boa: joia!
discordar com veemência:
“Não senhor! Uma pinoia!
 
Estar mordido do porco
era estar muito zangado
sem se saber onde estava
estava o cabra ariado
festa feita de surpresa
tinha o nome de assustado.
 
Palavra mofada, antiga
inda tem um escambal...
leitor, que esta minha lista
cê tenha achado legal
mas agora no cordel
vou botar ponto final.
 
E a você que é professor
peço um favor (cê me faz?!):
este cordel para a aula
leve e ponha num cartaz:
“Palavras que hoje em dia
Quase não se usam mais!”



Você sabe o que são arcaísmos?


Arcaísmos são, justamente, palavras antigas que hoje em dia não se usam mais, sejam na escrita ou na oralidade. Isso é algo totalmente natural, visto que todas as línguas passam por transformações, fazendo com que alguns vocábulos muito utilizados em determinadas épocas, com o passar do tempo sejam cada vez menos usados, dando espaço a outros vocábulos e expressões. Apesar disso, volta e meia alguém ainda os mencionam, por isso é tão importante conhecê-los.

Veja no vídeo abaixo algumas palavras e expressões muito usadas nas décadas de 60, 70, 80 e 90:




Gostou do cordel?
Conhece mais alguma palavra que já não se usa mais?
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