PALAVRAS DO GÓLGOTA II*
No Gólgota o retrato da humilhação.
"E ele foi contado entre os malfeitores".
No madeiro suportou todas as dores,
Revigorado pelo poder da oração.
O bom ladrão, humilde, lhe pediu perdão.
E Jesus respondeu: Em verdade, eu te digo,
Fez pausa e continuou: hoje estarás comigo
No paraíso " estar com ele" é a salvação.
O respeitoso ladrão o tratou como um Rei
Naquele tempo, ambíguo, Pilatos era a lei,
Mas Jesus o caminho, a verdade e a vida.
Repartiram suas roupas, tirando a sorte,
Só não sabiam que até depois da morte
Ele era o remédio para todas as feridas.
*Em verdade, eu te digo:
Hoje estarás comigo no paraíso! (Lc 23,43)
PALAVRAS DO GÓLGOTA III*
Próximo ao madeiro estava Maria a chorar
E um pouco ao lado o discípulo querido.
"Ele" entendia que naquele instante sofrido
Ainda teria um grande presente para dar...
De cima da tosca cruz, Jesus baixou o olhar.
E vendo a sua mãe: Mulher, aí está o teu filho!
Do que estava escrito não podia sair do trilho.
Porque não havia maior presente do que amar.
Quem sabe uma proclamação, da maternidade
Muito espiritual de Maria, à humanidade?
- Aí está a tua mãe! Disse, olhando, para João.
E desde aquele dia ele a recebeu em sua casa.
Foi, talvez, naquele momento que ganhou asa
Para escrever o Evangelho da salvação.
*Mulher, aí está o teu filho!
Aí está a tua mãe! (Jo 19, 26)
PALAVRAS DO GÓLGOTA V*
Sabendo que tudo estava consumado,
E que para que se cumprisse a Escritura,
Com um gesto de humildade, murmura:
- Tenho sede. Lamenta o crucificado.
Que "sede" poderia ter o filho amado,
Com seu olhar de misericórdia e ternura,
Exceto "sede" de desvelo à criatura?
Cristo ultimava por seu amor exagerado.
A pobre multidão aguardava um milagre.
Próximo à cruz um jarro cheio de vinagre
Amenizava-lhe o sofrimento da dor.
O Messias chegava ao final da sua missão.
Depois, sepulcro vazio da ressurreição...
Vitória da vida após a morte do Salvador.
*Tenho sede! (Jo 19, 28)
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