sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

LITERATURA PATOENSE: A POESIA DE JOSÉ ROMILDO DE SOUSA

SOU


Sou como o amor: puro e sincero
a lágrima: irremediável e passageira
o mar: salgado e rebelde
a dor: profunda e mortífera
a lua: límpida e invejada
o ferro: forte e resistente
a solidão: amarga e insípida
a brisa: mansa e acolhedora
o dia: agitado e barulhento
a vida: crente na vinda da morte.

Sou assim como sou,
enquanto existirem razões para assim ser.

DESEJO


Um desejo
incontido
me invade
só em visualizar
a tua imagem
viçosa e bela.

MEU VERBO: PARADOXO EXISTENCIAL


Meu verbo vai muito além de mim,
de você
da cidade,
da montanha,
do amor,
do ódio,
da paz,
da guerra,
da vida,
da morte.

Meu verbo... mundo meu!

Meu verbo encontra guarita no que sinto por você,
no que sentes por mim,
nas flores perfumadas,
no trânsito interditado,
na aversão pessoal,
alumiar das estrelas,
na febre amarela,
nos direitos humanos,
no concorrido féretro,
no cotidiano esperançoso.

Com meu verbo edifico o mundo!



Fonte: ihgp

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