A lenda da
vitória-régia
(Rouxinol do Rinaré)
Tupã inspire o poeta
Que nesta hora procura
(Usando rimas perfeitas)
Falar de uma gente pura,
Mergulhando no universo
De índio e sua cultura!
Pois sobre a
Vitória-régia
Pretendo falar aqui
Como nasceu esta flor
Segundo o povo tupi...
O mistério envolve a lua,
Que os índios chamam Jaci.
Falarei de Maraí,
Índia de rara beleza,
Que admirava as estrelas
E a lua, em sua grandeza,
Brincando à beira dos lagos,
Pois amava a natureza!
Seu pai dizia que a
lua
Às moças índias ouvia;
Se lhe fizessem pedidos
Jaci de pronto atendia
Maraí, pensando nisso,
Enchia-se de alegria.
O sonho de Maraí
Era tornar-se uma estrela;
E surgindo a lua cheia
(Ninguém podia detê-la)
À beira do grande lago
Corria a índia para vê-la.
À noite às margens do
lago
Passeava Maraí
E no límpido espelho d’água
Viu a imagem de Jaci;
A índia se deslumbrou
E ficou fora de si...
Sentiu-se a moça
atraída
E nas águas mergulhou
Querendo abraçar a lua,
Porém nunca mais voltou.
Naquele profundo lago
Com certeza de afogou!
Conta a lenda que a
lua
Sentiu muita pena dela
E a transformou numa flor
Grande, majestosa e bela...
A nossa Vitória-régia
É Maraí, a donzela.
Seu sonho de ser
estrela
Assim foi realizado.
Pois na Estrela dos lagos
Seu corpo foi transformado;
E hoje exala nas águas
Seu aroma perfumado!
(Rouxinol do Rinaré)
Que nesta hora procura
(Usando rimas perfeitas)
Falar de uma gente pura,
Mergulhando no universo
De índio e sua cultura!
Pretendo falar aqui
Como nasceu esta flor
Segundo o povo tupi...
O mistério envolve a lua,
Que os índios chamam Jaci.
Índia de rara beleza,
Que admirava as estrelas
E a lua, em sua grandeza,
Brincando à beira dos lagos,
Pois amava a natureza!
Às moças índias ouvia;
Se lhe fizessem pedidos
Jaci de pronto atendia
Maraí, pensando nisso,
Enchia-se de alegria.
Era tornar-se uma estrela;
E surgindo a lua cheia
(Ninguém podia detê-la)
À beira do grande lago
Corria a índia para vê-la.
Passeava Maraí
E no límpido espelho d’água
Viu a imagem de Jaci;
A índia se deslumbrou
E ficou fora de si...
E nas águas mergulhou
Querendo abraçar a lua,
Porém nunca mais voltou.
Naquele profundo lago
Com certeza de afogou!
Sentiu muita pena dela
E a transformou numa flor
Grande, majestosa e bela...
A nossa Vitória-régia
É Maraí, a donzela.
Assim foi realizado.
Pois na Estrela dos lagos
Seu corpo foi transformado;
E hoje exala nas águas
Seu aroma perfumado!
Gostou do cordel?Conte-nos, deixando o seu comentário!
A lenda da vitória-régia é originária da região Norte e uma das mais populares do folclore brasileiro. Reza a lenda que a lua era um deus que ao se apaixonar pelas moças, vinham buscá-las para levá-las consigo. Naiá, uma jovem índia, apaixonada pela lua, viu-a refletida nas águas de um lago e acreditando ser a sua paixão, atirou-se ao seu encontro, morrendo afogada. A lua, então, a transformou em uma estrela das águas.
Veja como a flor da vitória-régia realmente parece com uma estrela:
A vitória-régia é uma planta aquática, da família Nymphaeceae, cujas folhas podem medir até 2 metros de diâmetro e sustentar até 40 quilos em cima dela. Suas flores brotam entre janeiro e fevereiro, abrindo somente à noite e com uma curta duração de 48 horas. No primeiro dia as flores aparecem na cor branca, transformando-se, depois, na cor rosa. Ainda exalam um doce e forte perfume. Como é nativa da região Norte, é justificável a origem da lenda.
Ilustração da lenda vitória-régia:
Veja uma representação animada dessa lenda, clicando no vídeo abaixo:
Leia também aqui neste blog a lenda: A lenda do guaraná em literatura de cordel, A bela e a fera em literatura de cordel e Branca de Neve em cordel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário